Você já ouviu falar da “modalidade cênica” teatro de objetos? Nascida na Europa dos anos 70, nela, objetos viram de maneira lúdica e inteligente personagens de suas histórias. Um saca-rolha gigante se transforma numa graciosa bailarina; leques imitam o traquejo de pavões; chaleiras e xícaras valsam; uma torneira vira fielmente a representação de um velhinho chorando; numa diversão garantida para a imaginação de crianças e adultos. O público do Recife poderá vivenciar essa experiência única entre os dias 11 e 13 de novembro quando o Festival Internacional de Teatro de Objetos (FITO) chega a Pernambuco, primeiro estado do Nordeste a receber o evento, ocupando uma grande estrutura montada especialmente no Marco Zero (bairro do Recife Antigo). O FITO é uma realização do Serviço Social da Indústria (SESI-PE / FIEPE). O acesso é gratuito.
Em sua jornada pelo Brasil, o FITO – único festival do tipo no País -, já foi visto por mais de 115 mil pessoas de seis cidades diferentes: Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MT) e Manaus (AM). Aqui no Recife – cidade natal da idealizadora do projeto, Lina Rosa Vieira – a expectativa é grande. “O Teatro de Objetos é uma forma de metáfora crítica inteligente, que faz pensar, diverte, educa e sensibiliza a plateia”, explica Lina. Para envolver o público da cidade dentro do universo da brincadeira a que se propõe o festival, cinco bailarinas-saca-rolhas gigantes, com três metros e meio de altura, poderão ser vistas nos principais pontos da cidade.
Pouco explorada no Brasil, o teatro de objetos possui uma forte presença na Europa, continente de onde virá a maior parte das companhias cênicas. Nos três dias, 13 grupos oriundos do Brasil, Argentina, Holanda, Espanha, Israel, Bélgica, Itália e França realizarão mais de 60 apresentações, que têm classificação livre, 12 anos e adulto. O festival funcionará das 16h30 às 22h na sexta, e a partir das 16h30 no sábado e domingo. Entre os destaques da edição recifense, performance de Naná Vasconcelos, que apresenta “Pinipan”, esquete especialmente elaborada para o Festival Internacional de Teatro de Objetos, no qual utiliza pinicos e panelas para fazer música; e o mestre performático Tom Zé, que mostra, no sábado (12), o show Música/Contramúsica.
Além das apresentações, o público poderá conferir duas oficinas e uma palestra que também serão oferecidas gratuitamente. Para participar das oficinas, é preciso se inscrever entre os dias 17 de outubro e 04 de novembro, das 10h às 12h e das 15h às 17h, na Casa da Indústria. Já para a Conferência Internacional, não é preciso fazer inscrição. Com capacidade para receber até 200 pessoas, a palestra acontecerá no dia 9 de novembro, às 19h, na Casa da Indústria.
ESTRUTURA - Para abrigar o FITO, uma estrutura cenográfica especial, além de teatros climatizados, quatro minissalas de espetáculos e cenografia interativa, será montada no Marco Zero da cidade. O ambiente terá cinco salas para espetáculos nacionais e internacionais, sendo três delas com capacidade para receber até 200 pessoas, e duas com menor capacidade.
FITO na internet: Acompanhe o Festival pelo Facebook (/fitofestival) e pelo Twitter (@fitofestival) – onde as ações serão postadas em tempo real. Já a programação completa pode ser conferida no
site.
Oficinas – De 7 a 11 de novembro, das 9h às 13h, o espanhol Jaime Santos, da Cia. “La Chana Teatro”, ministra a oficina “Introdução ao Teatro de Objetos”. O objetivo do minicurso é desenvolver, junto aos alunos, caminhos para a criação de uma dramaturgia para o Teatro de Objetos através de exercícios práticos. A outra oficina, “Objetos: Intervenção Pedagógica”, ministrada pela francesa Katy Deville, da Cia. Theatre de Cuisine, acontece entre os dias 7 e 10 de novembro, das 14h às 18h (como programação antecipada). Katy Deville faz parte da primeira geração do Teatro de Objetos e, trinta anos depois, ela revisita a história e lendas da arte. Serão oferecidas 20 vagas para cada um dos cursos.
Conferência – A Conferência Internacional “O Teatro de Objetos e a sua utilização” também será ministrada pela francesa Katy Deville, no dia 9 de novembro, às 19h, na Casa da Indústria. A palestra terá três horas de duração e capacidade para receber até 200 pessoas.
Apresentações – Na sexta-feira (11/11), primeiro dia de evento, a partir das 16h30, será apresentado mais de 20 espetáculos. Com destaque especial para a performance “Pinipan”, do pernambucano, reconhecido mundialmente, Naná Vasconcelos, que acontece às 19h10. No sábado (12/11), as 22 apresentações começam a partir das 16h30; com a programação sendo encerrada em grande estilo com show do baiano Tom Zé “Música/Contramúsica”, às 22h. No domingo, os 13 grupos se apresentam a partir das 16h30, com destaque para o duo de performance de Naná Vasconcelos e o grupo paulista XPTO, que se apresentam às 17h40.
Desfile Performático – Na abertura e no fechamento do FITO, o público vai assistir à apresentação de Naná Vasconcelos e o grupo XPTO, que virá com todos vestidos de cozinheiros e tocando móbiles feitos com panelas e bacias de cozinha. Além de objetos gigantes que estarão espalhados pelo espaço, fazendo evoluções. Dentre eles, uma pistola irá rodopiar e disparar balas-guloseimas coloridas; um isqueiro aceso será perseguido por um extintor; uma camiseta será paquerada por um ferro de passar que solta fumaça ao tocar nela.
Cenografia Interativa – Objetos em contato com o público, como bailarinas em formato de saca-rolhas gigantes que rodopiam manipulados por cordas; móbiles feitos com relógios e cadeiras, que fazem referência ao tempo.
FITO Mostra Viva - Performances curtas realizadas por atores em quatro minissalas para pequenos grupos. Depois que a performance é finalizada, o ator explica ao público fundamentos básicos do teatro de animação de objetos e convida alguns espectadores a participar da cena.
FITO Feira - Mostra de objetos interessantes ou inusitados, além de antiguidades, que poderão ser adquiridos pelos visitantes.
Foto FITO – Espaço interativo cenográfico onde o público é fotografado ao ‘bailar’ com um cabideiro. À disposição dos visitantes, há uma série de chapéus para que o visitante “dê a cara” que prefere ao sei parceiro de dança. O visitante leva para casa como lembrança a foto impressa.
Stand SESI/ FIEPE – Aqui, o visitante poderá conferir obras de arte e performances feitas a partir de objetos da indústria.
E então, vamos curtir esse festival?
